A mostra coletiva apresenta os trabalhos de artistas de diferentes gerações e regiões do Brasil e se debruça sobre o sentido de vestígio que os aproxima."[...] O vestígio não diz respeito a substituição, como um negativo e seu positivo, como uma escultura e sua moldagem; o vestígio é, antes, um carimbo que deixa sua presença como marca na espessura do tempo, sujeito, portanto, ao desgaste, ao desbotamento, à erosão." escreve Renato Menezes, curador da Pinacoteca de São Paulo, que assina o ensaio crítico da exposição.Os procedimentos de acúmulo, recorte, registro ou modelagem, colocam em comparação desde "De Aflicti" (1979), vídeo de Letícia Parente, pioneira na videoarte brasileira, em que imagens fixas de gestos de mãos e pés entrelaçados, contraídos e contorcidos se sucedem noritmo de abrir e fechar o obturador da câmera, até "Sem título"" (2024), de Gabriela Mureb, em que a artista aglomera escapamentos de automóveis descartados em ferros-velho. Além de Parente e Mureb, a coletiva apresenta obras de Aislan Pankararu, Ana Clara Tito, Anna Paes, Arorá, Antônio Poteiro, Cipriano, C.L. Salvaro, Érica Storer, iah'ra, Jacque Faus, Jonas Arrabal, Pedro França e Valentina Tong.