O circuito expositivo apresenta uma instalação cênica, que evoca o mito de Narciso, paradigma da cultura ocidental relativo ao cultivo da própria imagem, ao olhar do artista para si mesmo. O espelho d’água e a flor amarela em que Narciso se metamorfoseou apresentam a versão mais difundida da fábula. Mais do que uma leitura de fundo psicanalítico, o mito de Narciso é tomado como matéria alegórica referida à questão da autorrepresentação artística e do fenômeno contemporâneo da selfie.A exposição oferece ao visitante conhecer através de uma linha do tempo, a transição dos autorretratos fotográficos analógicos para as selfies digitais e experimentar sensorialmente variações de sua autoimagem refletida em instalações compostas por espelhos multicoloridos.