Exposição individual do artista uruguaio Marco Maggi. Com 14 trabalhos, a mostra apresenta majoritariamente criações recentes do artista, produzidas nos últimos dois anos.Com trajetória iniciada na década de 1990, Marco Maggi temno funcionamento do olhar contemporâneo – pautado pelo excesso de velocidade, imediatismo e voracidade –, e em sua crítica, o ponto de partida de seu trabalho. Temos muitas vezes, como consequência disso, uma mirada descomprometida e apressada sobre o mundo que nos rodeia, algo que é rechaçado pelas proposições do artista que seguem pelo caminho oposto ao descrito, instigando o espectador a exercitar uma presença ativa que nos parece destoar da lógica atual em que estamos inseridos, apesar da obsessão dos nossos tempos com práticas como o mindfulness.Sob um olhar desatento, os trabalhos de Maggi parecem silenciosos, e, em alguns casos, quase imperceptíveis. A escala miniaturizada em que são realizados demanda um olhar presente do espectador. Dessa forma, desvela-se oque a princípio custa a se mostrar: complexos, intrincadose minúsculos padrões geométricos, tracejados, linhas e até mesmo estruturas com certa vocação arquitetônica emergem do suporte e revelam uma inesperada e imbricada trama.