A exposição com curadoria de Bitu Cassundé e assistência de Maria Luiza Meneses apresenta uma seleção com cerca de 250 fotografias realizadas ao longo de 50 anos de trajetória do fotógrafo paraense. A partir do arquivo do artista, o recorte não linear de imagens delineia a dimensão do imaginário sensível e ficcional de Luiz Braga (Belém, PA, 1956) sobre o território amazônico, principal interesse em sua produção. O título da mostra se refere ao chamado arquipélago do Marajó, maior arquipélago fluviomarítimo do mundo, formado por mais de 2.500 ilhas no estado do Pará, que inclui a capital Belém e a Ilha do Marajó, lugares registrados por Braga. Ao escolher a terra natal como campo poético de investigação de imagem e vida, ao longo das décadas o fotógrafo elabora operações relacionais de aproximação e convívio com as pessoas e lugares registrados. O resultado é uma produção intensa, carregada de intimidade e cuidado com os sujeitos e ambientes, que compreende aspectos de uma Amazônia múltipla.