Frans Krajcberg (Kozienice, Polônia, 1821—2017, Rio de Janeiro, Brasil) foi pioneiro no cruzamento entre arte e ecologia, precursor em dar visibilidade às questões ambientais no território brasileiro. O artista trabalhou a partir de resquícios de troncos, cipós, raízes e madeira calcinada, explorando pigmentos naturais, para produzir obras em que os elementos naturais são a própria matéria de sua arte. Krajcberg provocou uma virada radical nas convenções da escultura, além de desafiar fronteiras entre desenho, gravura e pintura.Krajcberg chegou ao Brasil nos anos 1950, onde desenvolveu seu trabalho como artista. A partir dos anos 1960, passou a viajar à Amazônia e ao Pantanal, coletando resquícios de troncos em áreas de queimadas. Suas preocupações com o drama ambiental tornaram-se indissociáveis de sua arte. Engajou-se em denunciar queimadas e a violência do extrativismo desenfreado, conferindo ao seu trabalho um cunho altamente político