O Teatro Promíscuo leva ao Itaú Cultural, Alegria é a prova dos nove, peça que constrói uma conversa poética do autor com amigos, companheiros das artes e personagens ficcionais. Para o espetáculo, o grupo fez uma pesquisa baseada, em especial, no livro O perfeito cozinheiro das almas deste mundo, uma espécie de “diário coletivo”, um “livro-caixa” que conta experiências ocorridas entre 1918 e 1919 na garçonnière de Oswald, localizada no centro de São Paulo. No palco, tem-se uma revista antropofágica que destaca características do escritor modernista, de descaminhos a utopias, do ímpeto festivo às transgressões. Como “líder de cena”, surge Renato Borghi, cuja interpretação no papel de Abelardo I, protagonista de O rei da vela, na montagem do Teatro Oficina, insere-se no movimento de redescoberta do legado oswaldiano nos anos 1960. Borghi volta, então, a trabalhar com as palavras do criador de Serafim Ponte Grande, tudo em uma peça que dialoga com linguagens diversas (além do teatro, há artes visuais, circo, audiovisual e música).