Com três vocalistas e quatro instrumentistas, Abacaxepa tem uma sonoridade contemporânea com pinceladas de tropicalismo, que junto às discussões da atualidade fazem um ode à irreverência, à desconstrução visual, à não-protagonização de uma única voz. Se preocupam com a formação cultural de um público jovem, buscando sempre resgatar a cultura popular latino-americana. A banda gravou seu primeiro álbum de estúdio em 2018, e que carrega um tom sóbrio e uma sonoridade mais "terrosa", mergulhando em referências dos anos 70 para os anos 80. Em seguida, Abacaxepa apresenta o segundo álbum, Perto da Boca, trazendo uma pesquisa em cima de uma nova fase mais quente e saturada, e investindo numa forte presença das vozes em uníssono em muitas das canções. As letras presentes em "Perto da Boca" contam histórias de amor, liberdade, fúria e inconclusivos desejos vitais, se aproximando do cotidiano e trazendo uma linguagem poética-direta-e-reta, buscando uma aproximação maior com as pessoas e reforçando assim a conexão com um público mais diverso, através de suas histórias reais ou fictícias. Entre outros trabalhos de gravações durante 8 anos de existência, Abacaxepa trouxe em 2024 um single em parceria com Felipe Cordeiro, cantor e compositor paraense que trouxe uma essência forte misturando o brega paraense ao recifense resultando no single em Beijo Safado. Acreditando na importância de dar voz à diversidade, a banda, formada por sete pessoas completamente diversas em suas histórias, traz em sua filosofia a liberdade de expressão, a defesa constante pela democracia, e encara a teatralidade como uma grande aliada desse discurso tanto nos trabalhos fonográficos quanto nos shows, e claro, homenageando o brilho, o charme, o deboche, a liberdade sexual, as políticas diárias, a energia dos corpos que colocam tudo à flor da pele, e principalmente o FESTEJAR, um ato que nos pertence e que está intrinsecamente ligado ao nosso continente-inconsciente.